Relatório afirma que há evidências científicas de que o atual modelo de desenvolvimento está minando a capacidade de o planeta responder às agressões do homem.
A nata da comunidade científica mundial se reuniu durante uma semana na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC) para trocar informações sobre o estado do planeta. As conclusões dos cientistas são preocupantes.
Quinhentos cientistas de 75 países. Entre eles seis prêmios Nobel. Em tom de alerta, o relatório divulgado nesta sexta-feira (15) afirma que há evidências científicas convincentes de que o atual modelo de desenvolvimento está minando a capacidade de o planeta responder às agressões do homem, que os níveis de produção e consumo poderão causar mudanças irreversíveis e catastróficas para a humanidade. Diz ainda que temos conhecimento e criatividade para construir um novo caminho, mas que é preciso correr contra o tempo.
O documento final do encontro traz recomendações urgentes que serão entregues aos chefes de estado da Rio+20, semana que vem no Riocentro. Caberá a um dos cientistas, prêmio Nobel de química, resumir em dois minutos os principais resultados.
Yuan Tse Lee, de Taiwan, falou que não temos muito mais tempo para fazer com que a sociedade seja sustentável, porque se continuarmos nesse ritmo, vai ser cada vez pior.
Para Carlos Nobre, secretário de políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, há um claro descompasso entre o que dizem os cientistas e o que fazem os governos.
“Nós cientistas estamos tendo dificuldade de comunicar a todos os tomadores de decisão, que estão aqui, por exemplo reunidos, o senso de urgência. Tempo talvez seja o nosso recurso mais escasso na questão do desenvolvimento sustentável”.
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